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Descobrimento

Verdades são duras, machucam, ferem. Mas ajudam a superar. Não há nada como ouvir uma crítica que por mais fria que ela seja, te colocará pra frente. Te fará crescer.
E isso, só quem faz por você, são os amigos. Fizeram por mim.
De fato, não me encantei a primeira vista. Não bati o olho e “Puft, é ele que eu quero”. Não. Não caí na primeira conversa, na primeira palavra. Mas confiei. Embora tenha demorado, esperado. Tentado conhecer. E achei que tinha, achei mesmo que era sincero, verdadeiro, honesto. Achei mesmo que dessa vez seria diferente. E será. Não porque enfim deu certo um relacionamento. Mas por enfim, ter aprendido que não vale nenhum pouco apena querer alguém que não te valoriza. Alguém que não te respeita, não te procura ou que não tem nenhum tipo de consideração por seus sentimentos.
Alguém assim não é preciso. Me desculpe, mas alguém que se porta dessa maneira, pra mim é descartável. Isso. Des-car-tá-vel. Jeito que me fez sentir quando me conquistou e nem ao menos teve a coragem de dizer que não queria mais.
Por várias vezes sentir falta. Da conversa, de como nosso futuro teria sido bom se tivesse ao menos falado a tão temida – ou talvez, tão esperada –, verdade. Porém, mais uma vez me dei conta de que o único que sentirá saudade, será ele.
Porque alguém assim – como ele –, mais cedo ou mais tarde, descobre que alguém como eu não se encontra facilmente. E que quando enfim se dá conta do privilégio de ter achado, se cuida, protege, conquista, eternamente.
E mais uma vez, me surpreendi ao descobrir que mereço mesmo muito mais. E que não é despeito, nem orgulho. Mas de fato, merecimento. Mereço mesmo, alguém que me ame e seja honesto comigo, da mesma forma como sempre fui com todos os que me relacionei. Mereço alguém que não desista na primeira dificuldade. Que cuide, que proteja. Que se faça presente. Que me deixe segura, me faça rir. Me faça feliz. Que seja honesto, leal, sincero, verdadeiro. E que principalmente, não me faça ter que pedir que ele seja tudo isso. Pois quando se ama, se gosta, se sente carinho, seguir isso é inevitável. Afinal, ninguém quer machucar alguém que se gosta tanto. E é, mereço alguém que seja pra mim, tudo que eu serei pra ele. Sem esforços. Sem frustrações. Sem expectativas colocadas no lugar ou na pessoa errada. Porque o problema das tão temidas expectativas não são elas de fato e sim, em quem ou no que as colocamos. Coloquei de novo, na pessoa errada. Mas é errando que se aprende né? E de tanto errar, eu aprendi. De tanto cair, eu aprendi a levantar – mais forte. De tanto levar na cara, aprendi a bater. Taí, pra isso ele serviu. Me mostrar que não sou eu quem devia mostrar que merecia tê-lo. E sim ele, que deveria lutar pra merecer ter o privilégio ter alguém assim – como eu.
Foi quando descobri isso, que aceitei o fato de que só posso achar alguém como eu, quando deixar de gostar ou querer, alguém como ele. Enfim, esse dia chegou. E como diz a fabulosa Tati Bernardi “Eu finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.”

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